Quinta-feira, 13 de novembro. Cheguei do trabalho, tomei chimarrão, comi pipoca. Fui na farmácia da esquina, como toda esquina de qualquer lugar, e comprei paracetamol, antialérgico, antisséptico. Não me cortei nem estou espirrando mas eventualmente essas coisas acontecem então estou preparada. Existe a dor de cabeça, espero que logo passe.
Lavar roupas é para ser tarefa simples. Recolho o cesto de roupas sujas do banheiro e também todas que espalhei pela sala, cozinha, quarto, abrir o tambor frontal e jogar tudo lá. Sabão líquido e amaciante, modo rápido, secar 30 minutos. Por algum motivo os dias vão passando e as pilhas subindo e eu vejo tudo mas não me mexo. Tomei um paracetamol, liguei a máquina. Daqui 1h12 vai tocar a música.
Terminei de ler Frankenstein da Shelley. Achei muito bom etc e tal. Fiquei pensativa sobre a autora, uma novinha nepobaby culta e ricaça. Queria ser ela. Vi o filme homônimo de 1931. Fiz macarrão, desliguei as luzes da cozinha, acho que vou dar play nesse novo aí.
Sexta-feira, 14 de novembro. Desci a rua rumo à padaria que foi ficando mais chique ao longo dos anos. O dia foi todo quente mas tive que colocar um casaco para conter o vento que fica alegrinho quando cai o sol. No caminho me transportei para algum outro lugar, memória inventada, futuro, sei lá. Vi algumas casas com luzes de natal, observei janelas a dentro, senti vontade de comprar luzes de natal também. Ainda não quero pensar nas coisas que essa época sempre leva a pensar. Comprei salgadinhos fritos de festa, sextou, amanhã é feriado e não trabalho. Ontem vi 15 minutos de Frankenstein, o novo, e hoje pausei faltando 45. É filme demais, nem precisa de tanto.
Sábado, 15 de novembro. Acordei tarde, tomei banho e depois café da manhã na cama enquanto lia My year of rest and relaxation da Ottessa Moshfegh (por indicação). Almocei churrasco no asilo em que meu tio é voluntário e fui com meu pai até a restauradora encher o carro de estátuas de santos diversos que foram remendados e então devolvidos à igreja do lar de idosos. Sabadaço. Voltei, ar-condicionado ligado, dormi.
Eu como muito saudável durante a semana então resolvi me dar o luxo de comprar besteiras que prefiro não dizer para servir de janta. Anoiteceu, peguei a cadeira de praia, sentei debaixo do pé de pitaya (tem uma pombinha com ninho nele!!!) e tomei chimarrão. Os gatos na volta rolando na grama, principalmente o Hector. Quase me senti em paz aqui, sentimento estranho. Terminei de ver Frankenstein. Achei pau mole.


A bolsa eu fiz algum tempo atrás. É o mesmo tecido da necessaire feita de teste (e tenho usado muito). Desse retalho também saiu uma capa para a máquina de escrever. O vestido florido era da minha mãe. O tênis, por muita sorte, recebi do entregador cinco minutos antes de sair correndo para pegar o trem de saída de Toulouse rumo Marselha. Hector é lindo.

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